“Ettore Bianchi”

A estrada para Florença nunca me pareceu tão libertadora.

A cada quilômetro que nos afastamos de Milão, sinto os músculos dos ombros relaxando, a tensão acumulada há tanto tempo finalmente começando a se desfazer.

Liz adormeceu há cerca de uma hora, a cabeça apoiada na janela, uma mão repousando instintivamente sobre a barriga.

Mesmo dormindo, ela parece mais tranquila do que vi em semanas.

Quando finalmente avisto as colinas toscanas no horizonte, um sorriso nostálgico surge no meu rosto. Florença sempre foi nosso lugar.

Uma parte essencial da nossa história.

— Piccola — sussurro, tocando delicadamente seu rosto. — Chegamos.

Ela abre os olhos devagar, piscando algumas vezes antes de focar na paisagem pela janela.

— Já chegamos — murmura, com um sorriso sonolento. O mais lindo de todos.

— Sim, chegamos à nossa casa — confirmo, virando na entrada familiar.

A propriedade está exatamente como eu lembrava.

O jardim impecavelmente cuidado, a fachada em tom t