141. O Primeiro Sinal de Perigo
“Ettore Bianchi”
Odeio mentir para Liz.
Dizer que “só vou observar” foi uma meia verdade. A real é que, se algo sair do controle, não vou conseguir ficar parado.
É errado, eu sei. Mas hoje, se Antônio realmente aparecer, farei o que for preciso para que ele seja preso.
Para que tudo isso acabe de uma vez.
Às 18h40, nos encontramos no ponto de encontro combinado: um posto de gasolina na saída de Milão.
Quando estaciono, Conti já está lá com a equipe. Ao menos, minha mãe está com ele.
— Vamos revisar o plano uma última vez — ele diz quando me aproximo. — Sua mãe entrará às 19h45. Antônio deve chegar às oito. Você, Ettore, ficará no carro próximo ao…
— Vou ficar dentro da casa — interrompo rapidamente.
— Ettore, não é uma boa ideia — Conti balança a cabeça. — Quanto menos riscos, melhor.
— Detetive, estou indo justamente porque conheço minha mãe. Se ela hesitar na hora H, preciso estar lá para garantir que ela faça a coisa certa.
Chiara arqueia as sobrancelhas, me lançando um