Duas semanas se passaram desde nossa primeira consulta. Desde que ouvi o melhor som de todos: o coraçãozinho do meu bebê.

Finalmente conseguimos estabelecer uma rotina quase normal.

Minha mãe continua se recuperando bem, os enjoos matinais diminuíram consideravelmente e, graças ao santo remédio, até consegui parar de vomitar em lixeiras.

Meu marido, claro, continua me tratando como se eu fosse feita de cristal. Mas, pelo menos agora, não me segue até o banheiro.

— Piccola, você tomou suas vitaminas? — ele pergunta pela segunda vez, agora aparecendo na porta da minha sala.

— Tomei, amore mio — respondo, levantando o frasco. — E bebi água. E comi. E não fiz nenhum movimento brusco.

— Muito engraçadinha — ele rebate, mas sorri. — É que…

— É que você é um pai de primeira viagem neurótico — completo, sorrindo também. — Eu sei. E é fofo.

— Fofo?

— Muito fofo — confirmo, me levantando. — Um fofo beeeem exagerado.

Ettore revira os olhos enquanto me puxa para perto. Mas antes que eu possa beij