A força-tarefa só era acionada em casos extremamente graves. O sequestro de Cristina e Mariana era um desses. Alessandro sabia que não podia agir por impulso, mas era quase impossível manter a calma quando a mulher que ele amava estava nas mãos de criminosos.
Alessandro estava tenso como uma corda esticada. Sentado diante dos monitores do centro de comando, repetia mentalmente cada imagem, cada trajeto. A van aparecia ali, o último ponto conhecido, depois o mapa mostrava um labirinto de vielas — uma favela nos arredores, serrada de becos e ruelas onde o tempo parecia correr diferente. Cristina estava lá dentro. E isso era tudo o que importava.
Thiago ficou ao lado dele, a postura firme, a voz baixa e objetiva. Conheciam-se demais para cerimônias: sabiam quando um precisava ser acalmado e quando precisava ser empurrado para frente. Alessandro olhou para as telas, depois para Thiago, e falou com a clareza que vinha dos anos de comando.
— Vamos subir agora. Montamos ponto de inserção