O quarto ficou apenas com Cristina e Núbia. O clima sereno deu espaço para aquela cumplicidade de irmãs que não precisava de muitas palavras para existir.
Núbia ajeitou a coberta sobre o corpo de Cristina e se sentou na beira da cama.
— Você parece mais calma agora — disse com um sorriso terno.
Cristina respirou fundo e encarou a irmã.
— Estou, mas... — fez uma pausa, hesitando — às vezes o medo volta, sabe? Eu fecho os olhos e parece que vou reviver tudo de novo.
Núbia segurou a mão dela com firmeza.
— Cris, você venceu a pior parte. Você voltou pra gente.
As lágrimas de Cristina brilharam, mas ela não desviou o olhar.
— Quando eu estava naquele pesadelo no hospital, eu achei que não ia acordar. Foi como... como se a morte estivesse me chamando de novo. E eu pensei em você, em papai, mamãe... e no Alessandro. Eu não quero deixar vocês.
Núbia enxugou as lágrimas dela com carinho, o coração apertado.
— Ei, você não vai a lugar nenhum. Eu não deixaria. — apertou mais a mão da irmã. — Sa