Fiquei preocupada

Parte 127...

Aurora

A porta da frente bateu devagar. Gisele estava com minha mãe na varanda da casa da piscina, então fui eu quem ouviu primeiro os passos no piso de mármore.

— Domenico? - chamei da escada, já descendo. — Você chegou...

Parei ao vê-lo. A manga da camisa enrolada até o cotovelo, um corte discreto no braço direito, sujo de sangue seco. O rosto com um leve arranhão perto da mandíbula. E aquela expressão. A que ele fazia quando não queria me preocupar. Exatamente essa.

— Que merda aconteceu? - corri até ele, o coração já acelerado. — Você... Você se machucou?

— É só um arranhão - ele disse, tentando sorrir, mas sem convencer ninguém. — Não foi nada, de verdade.

— Você se ouve? - toquei de leve o braço dele, sentindo o músculo tenso — Isso é sangue, Domenico. E o que foi isso? Briga? Atentado? – vi a mancha no ombro — Seu ombro...

Ele olhou ao redor, como se procurasse um modo de fugir da resposta.

— Não foi nada demais, amor. Só uma explosão pequena no carro da frente. Ne
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