As tochas acesas lançavam sombras vacilantes nas paredes de pedra. O salão principal da fortaleza estava silencioso, mas o ar carregava tensão — como se as palavras não ditas tivessem peso suficiente para esmagar ossos.
Selena permanecia de pé entre os conselheiros, com o ombro erguido e o queixo firme. A marca ainda ardia sob a pele, como se reagisse à presença dos olhos que a julgavam.
Darian estava ao seu lado, mas não à frente. Não como escudo.
Pela primeira vez, ele permanecia como par — não como protetor.
— O que vocês decidiram? — perguntou Selena, a voz mais firme do que ela mesma esperava.
Os conselheiros se entreolharam. Velhos lobos, orgulhosos, temerosos.
— A permanência da jovem foi aprovada — disse o mais velho, chamado Kaled. — Mas com restrições.
— Que tipo de restrições? — Darian perguntou, o tom já carregado.
— Selena não participará de decisões do clã, nem de treinamentos com os guardiões. E será acompanhada por vigilância constante.
Selena arqueou uma sobra