Carolina não esperava que ele chegasse a um extremo desses. Há pouco, ele dissera que a amava. Talvez, para ele, aquilo fosse a prova.
Mas disse tarde demais... E fez tarde demais.
Agora, não era amor.
Era constrangimento.
Era pressão.
Era forçá-la a escolher... E expô-la, junto com Roberto e a família Santos, a uma humilhação pública.
Matheus sempre fora assim: preocupado apenas consigo mesmo, sem pensar no que ela sentiria.
No amor, para ele, o primeiro lugar era sempre ocupado por si próprio, os outros vinham depois.
Após o choque inicial, todos os olhares se voltaram para Roberto.
E havia algo nesses olhares, um certo brilho escondido, uma excitação contida, como quem aguarda o próximo ato de um espetáculo.
A maioria dos convidados estava ali por interesse: pelo poder e pela fortuna da família Santos.
Em público, eram corteses, respeitosos, até bajuladores. Mas, no fundo, muitos ansiavam por vê-los cair, por vê-los envergonhados.
Essa é a feiura da natureza humana: não suportam ver