— Sr. Matheus, minha esposa já deixou tudo claro. Peço que se retire. — A voz de Roberto, fria e controlada, rompeu o silêncio enquanto observava Matheus segurar a mão de Carolina.
Os olhos de Matheus, vermelhos e tomados de fúria, gelaram ao encará-lo.
— Isso não é assunto seu, Roberto. Largue a minha mulher.
Enquanto dizia isso, estendeu a mão para afastar Roberto, mas Carolina se interpôs.
— Matheus, agora o Roberto é o homem que eu amo. É com ele que pretendo passar o resto da minha vida. Você não vai encostar nele.
O rosto de Matheus perdeu toda a cor.
Ele se lembrou, com um aperto no peito, de uma briga no passado. Naquela época, fora ele quem ela protegera com o corpo, dizendo que era seu homem e que ninguém poderia tocá-lo.
Agora, quem ela protegia já não era mais ele.
Foi como se o lançassem nas águas gélidas e cortantes de um oceano sem fim. Cada nervo, cada célula ardia como se fosse perfurada por lâminas.
— Carol...
— Matheus, vá embora. — A voz dela era firme, mas sem agre