Semanas se passaram e as primeiras dores começaram ainda de madrugada. Um aperto forte no ventre fez Rose despertar com um gemido abafado. O suor escorria por sua testa, e o coração batia acelerado.
— Está chegando… — murmurou, ofegante, com uma mistura de medo e emoção.
Em poucos minutos, toda a mansão De Luca estava em movimento. As empregadas corriam de um lado para o outro, e a enfermeira, já de prontidão, preparava o quarto. Dona Lúcia comandava tudo com firmeza, sua voz autoritária ecoando pelos corredores.
— Tragam água quente, panos limpos! Depressa! Tudo esterilizado.
O médico chegou apressado, trazendo consigo uma maleta de couro escuro. Cumprimentou Dona Lúcia com um aceno rápido e se aproximou de Rose, que já estava deitada, tentando conter as contrações.
— Respire fundo, signora… o bebê está vindo.
Rose apertou o lençol entre os dedos, as lágrimas brotando com a dor que parecia cortar o corpo inteiro.
— Força, Rose, força… — dizia Dona Lúcia, de pé ao lado da cama, observ