A claridade suave da manhã invadiu o quarto imenso, filtrada pelas cortinas pesadas.
Rose abriu lentamente os olhos e estendeu a mão pelo lençol macio. O espaço ao seu lado estava vazio. Martin já havia saído.
Um sorriso discreto surgiu em seus lábios. Ela tinha conseguido o que queria. Uma vitória silenciosa, mas tão poderosa que lhe deu a sensação de ter vencido uma guerra. Por um instante, pensou em Frank. Então é isso que ele sentia… aquela sensação de conquistar o impossível, de ter o mundo em suas mãos.
Ao virar-se para o criado-mudo, seus olhos encontraram um pequeno bilhete, escrito em alemão com a caligrafia firme e elegante de Martin.
"Espero que você me deseje essa noite novamente."
Rose conseguiu traduzir arregalou os olhos. O coração disparou em um misto de surpresa e inquietação. Gostou de transar com ele, não podia negar. O toque de Martin era diferente, delicado e calculado, quase como tudo nele. Não foi ruim — pelo contrário. Mas não tinha a mesma intensidade, a mesma