Christian Müller –
A vozinha de Nathan ecoou pela sala como um raio de sol depois de uma tempestade.
Me virei no mesmo instante e lá estava ele. Meu pequeno, corria em minha direção com os bracinhos estendidos, exibindo os olhos brilhando de emoção e alívio.
Me abaixei e o envolvi nos braços com toda a força que um coração em pedaços podia reunir. O segurei contra o peito, sentindo aquele cheirinho de shampoo infantil e o calor do corpinho dele. Fechei os olhos por um instante, como se quisesse guardar aquela cena para sempre.
— Você tá bem, papai? A ferida na barriga sarou?
Afastei um pouco para olhar nos olhos dele, sorrindo, e levantei a camisa.
— Estou bem, filhão. Olha só, está quase sumindo. E sabe por quê?
— Por quê? — ele perguntou, com os olhos curiosos.
— Porque eu comi muita verdura! Se você comer também, vai ficar forte que nem o papai.
Ele fez uma careta de dúvida, mas logo riu. Eu ri junto. Era isso.
Era tudo que eu precisava: aquele riso.
Laura se aproximou devagar, com