Christian Müller –
O carro mal parou e eu já saltei de dentro dele com o coração espancando minhas costelas como se quisesse fugir de dentro de mim.
A antiga sede da empresa estava irreconhecível. Tapumes, poeira, máquinas roncando.
Uma equipe inteira de engenheiros e operários já começava a cravar as últimas ordens de demolição.
Corri por entre os caminhões, empurrei um dos engenheiros que bloqueava o caminho e ergui o papel que Mark tinha conseguido. A tinta ainda fresca da assinatura do juiz tremia na minha mão suada.
— Ordem judicial! — gritei, com a voz rouca de urgência. — Parem TUDO agora!
Um homem com capacete branco se virou para mim. Devia ser o chefe da equipe. Ele pegou o papel da minha mão com desconfiança e leu, franzindo a testa.
— Isso é uma bagunça completa — Murmurou ele sem humor. — Já destruíram quase metade da estrutura. Eu nem deveria deixar você entrar. É perigoso. Um movimento errado e esse prédio vira um túmulo.
— Então me enterra com ele — Falei sem pensar, j