Christian Müller –
A luz fraca da manhã se filtrava pelas frestas da cortina, e por um breve momento, tudo parecia em paz.
Nathan dormia ao meu lado, encolhido, com o rostinho sereno e os cílios longos roçando a minha bochecha. Passei a mão devagar pelos cabelos dele, sentindo o peito aquecer com aquele simples gesto.
Laura estava no hospital, cuidando do pai dela… e eu fiquei com o nosso pequeno.
Ela não pediu, mas eu sabia o quanto aquilo significava para ela. E por Nathan, eu faria qualquer coisa. Por ela… eu já estou fazendo.
Fechei os olhos por um instante, tentando aproveitar o silêncio, até uma batida firme ecoar na porta do quarto.
Suspirei, com a sensação de que a calmaria estava prestes a acabar.
— Entra — murmurei, já me erguendo com cuidado para não acordar Nathan.
Era Mark, e pela expressão séria dele, o que quer que fosse, não era bom.
— Christian... temos novidades. — A voz dele era baixa, mas carregada de urgência.
Revirei os olhos, já prevendo o que viria.
Peguei meu