Gustavo e Clara 8

Clara

A luz fraca da manhã entrava pelas frestas da cortina, desenhando faixas douradas sobre a pele dele. Gustavo dormia pesado, uma das mãos caída no lençol, o peito subindo devagar sob o meu toque.

Fiquei ali, parada, observando. O quarto ainda tinha o cheiro do vinho e do nosso corpo misturado.

Passei os dedos distraidamente pelo peito dele, sentindo o calor, o som do coração batendo calmo, e me peguei sorrindo. Nunca pensei que ver alguém assim, vulnerável, pudesse ser tão… bonito.

Gustavo era barulho. Era caos, era riso fácil e provocações que me faziam revirar os olhos. Mas ali, dormindo na minha cama, ele era só um homem tranquilo, respirando fundo, como se por um instante o mundo inteiro fizesse sentido.

Meu dedo parou na curva do ombro dele. Eu sabia que devia levantar, preparar café, fingir que nada disso me confundia. Mas não consegui. Fiquei ali, tentando guardar aquela imagem: o jeito que o cabelo caía sobre a testa, a respiração ritmada, o contraste entre o riso dele e
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