Na cabana, o ar gelado da floresta parecia penetrar na alma de Marta e Antônio. As palavras de Alan, proferidas com uma frieza assustadora, confirmaram seus piores medos. A morte, que antes parecia uma ameaça distante, agora pairava sobre eles como uma sombra, uma certeza absoluta do fim.
— Não fiquem preocupados, - reforçou Alan encarando o casal de idosos como se as suas palavras fossem algo simples demais.
- A morte de vocês é uma ordem expressa de quem me contratou, — Alan exclamou, e o sorriso cruel que se formou em seus lábios gelou o sangue dos dois.
Antônio cerrou os punhos, uma onda de desespero o atingindo. A ideia de que sua morte seria um meio de atrair Bruno era agonizante. Marta, ao seu lado, segurou a mão do marido com força, as unhas cravando-se na pele enrugada dele. O medo por Bárbara e Bruno era um veneno que se espalhava em suas veias.
— Por que tudo isso? O que vocês querem realmente? — Marta conseguiu perguntar, a voz embargada pelo pavor, mas com um tra