Henrique e Bárbara correram para o carro, o coração de Bárbara batendo descompassadamente. As ruas pareciam borradas à medida que Henrique dirigia rapidamente em direção à casa dos pais dela. A cada metro, a apreensão de Bárbara aumentava. A imagem de seus pais sendo levados, a menção de Bruno no bilhete, tudo se misturava em um turbilhão de pânico e raiva.

Ao chegarem, o local já estava cercado. Viaturas da polícia, fitas de isolamento, e a presença de vizinhos curiosos e chocados indicavam a gravidade da cena. Suiane, pálida e com os olhos inchados, correu ao encontro de Bárbara.

— Graças a Deus vocês chegaram! — Suiane exclamou, abraçando a amiga com força. — É horrível, Bárbara. Eles… eles atiraram em todo lugar.

Bárbara assentiu, tentando manter a calma. Um policial se aproximou, um homem com um semblante sério e uniforme impecável.

— Sra. Mancini? Sou o detetive Cardoso. Sinto muito pelo ocorrido.

— Sim, sou eu. Bárbara Mancini — ela respondeu, a voz tremendo um pouco.