Mairi estava exausta. Não dormira nem por um minuto durante a noite, e agora andava de um lado para o outro, esperando o sol nascer. As mãos nervosas contorciam o vestido, e ela segurava um choro que a asfixiava.
A única coisa que a aliviava era ouvir o barulho do outro lado da porta de ligação. Da mesma forma que ela, o marido Ian não descansava. Ouvira seus passos, escutara sua respiração, e percebera que ele passou a noite em claro, perambulando pelo quarto.
Sentia pena de Ian, mas também raiva. Ela daria a vida para ser irmã de Allan. O amigo era leal, bom, gentil, companheiro e sincero: qualidades indispensáveis a pessoas inesquecíveis. E Ian, ao invés de agradecer aos céus pela honra de ser irmão de alguém assim, ficava irritado. Mairi entendia que ele se sentia traído, mas não podia aceitar o fato de que nada fizera para evitar a prisão do loiro.
Pousando a mão no ventre muito avantajado, percebeu que o filho também estava intranquilo. Assim como a mãe, a criança não parara de