Fora uma noite infernal! Allan era o tipo de pessoa que sentia frio em pleno verão. Vivia reclamando do castelo de York, que era bastante aquecido, mas nada se comparava à noite de frio que passou naquela cela úmida, na pequena delegacia de Yorkshire. E a companhia, que, diga-se de passagem, não era das melhores, contribuiu e muito para sua raiva.
— Diga-me, Hatton – provocou Morris, que comia um pedaço de bacon, sentado na escrivaninha do delegado. – Você acreditava mesmo que seu plano perfeito nunca seria desvendado?
De pé naquele cubículo, Allan tinha as mãos nos bolsos e a postura ereta. Sabia que devia se controlar e não falar a Steph todos os palavrões que conhecia. Suspirou e tentou pensar em algo bom. Mairi...
Se ficasse preso durante um bom tempo, perderia o nascimento do afilhado. Quem iria segurar a mão dela no parto, ou fazer companhia a ela durante o tempo de restabelecimento do nascimento do bebê? E quem ensinaria o menino a andar a cavalo, quem leria Scott para ele e o