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O corredor parecia infinito.

Os saltos de Elena batiam contra o mármore enquanto Vittorio a arrastava, sua mão de ferro esmagando o pulso dela como se fosse vidro. Ela tentou se soltar, mas cada movimento só fazia os dedos dele apertarem mais.

— Pare de lutar — sua voz saiu como um chicote no ar gelado. — Você só vai machucar a si mesma.

— Solte-me, seu maldito! — ela cuspiu, arranhando o braço dele com as unhas.

Vittorio parou bruscamente. Quando se virou, seus olhos negros brilhavam com algo perigoso. Antes que Elena pudesse reagir, ele a empinou sobre o ombro como um saco de batatas, ignorando seus socos nas costas.

— Seu animal! Me solta!

Ele não respondeu. Apenas seguiu caminhando, enquanto o sangue corria para a cabeça de Elena, misturando raiva com humilhação.

A próxima coisa que viu foi o chão de madeira escura de um quarto que não era o dela. Um escritório. O escritório dele.

Vittorio a jogou em um sofá de couro, seu corpo afundando no material macio antes que ela pudesse se levantar. Quando tentou, uma mão pesada no ombro a empurrou de volta.

— Você vai ficar sentada — ele ordenou, desabotoando os punhos da camisa com movimentos precisos. — E vai aprender o que acontece quando me desafia.

O coração de Elena disparou.

Vittorio abriu uma gaveta e tirou algo que fez o estômago dela virar.

Um cinto de couro.

Ela recuou no sofá.

— Você não vai...

— Oh, mas eu vou — ele cortou, enrolando o cinto na mão. — Você acha que pode me bater como se eu fosse um dos seus namoradinhos patéticos?

Elena engoliu em seco.

— Eu...

— Silêncio.

Ele se aproximou, dominando todo o seu campo de visão. Quando levantou o cinto, Elena instintivamente virou o rosto, fechando os olhos.

Mas o golpe nunca veio.

Em vez disso, sentiu o couro deslizar levemente pela sua bochecha, como uma carícia perversa.

— Abra os olhos — Vittorio ordenou.

Quando ela obedeceu, viu que ele estava mais perto do que imaginava. Seus joelhos prensavam os dela contra o sofá, prendendo-a sem precisar de cordas.

— Você me deu um tapa — ele sussurrou, o cinto agora traçando o contorno do seu pescoço. — Isso exige punição.

Elena sentiu o couro descer pelo seu decote, roçando os seios. Seu corpo traiu-a, os mamilos endurecendo sob o tecido fino.

Vittorio sorriu, percebendo.

— Você gosta de ser dominada, piccolina?

— Não!

Ele riu e, num movimento rápido, virou-a de bruços no sofá. Antes que ela pudesse reagir, uma mão pesada apertou sua nuca, enquanto a outra levantava seu vestido.

O ar gelado do escritório bateu em suas nádegas nuas.

— Não! — ela gritou, tentando se debater.

O primeiro golpe do cinto caiu com um estalo que queimou sua pele. Elena gritou, mais de surpresa do que dor.

— Um — Vittorio contou, sua voz rouca.

O segundo golpe veio mais forte.

— Dois

Elena mordeu o lábio para não gemer. O calor se espalhava por seu corpo de um jeito que a envergonhava.

Quando o terceiro golpe caiu, algo dentro dela quebrou. Um gemido escapou de seus lábios, misturando dor com algo mais profundo, mais obscuro.

Vittorio parou.

— Finalmente — ele murmurou, jogando o cinto longe. Suas mãos agarram suas nádegas avermelhadas, os dedos se enterrando na carne macia. — A submissão.

Elena tentou protestar, mas então ele a virou de novo, e seus lábios se encontraram em um beijo devorador.

Era um beijo de conquista. De posse. Sua língua invadiu sua boca como um exército, reivindicando cada centímetro. Elena tentou resistir, mas seu corpo já não a obedecia.

Quando ele puxou seu vestido para baixo, expondo seus seios, ela arqueou as costas contra a própria vontade.

— Você é minha — Vittorio rosnou, mordendo seu pescoço. — E eu vou provar.

Ele a levantou do sofá como se pesasse nada, jogando-a sobre a mesa de escritório. Papéis voaram para todos os lados quando ele abriu suas pernas com um joelho.

Elena sentiu o volume duro dele pressionando sua virilha, e um novo tipo de medo tomou conta dela.

— Por favor... — ela sussurrou, sem saber se estava pedindo que ele parasse ou continuasse.

Vittorio prendeu seus pulsos acima da cabeça com uma mão, enquanto a outra desabotoava seu próprio cinto.

— Diga meu nome — ele ordenou.

Elena balançou a cabeça, os olhos cheios de lágrimas de raiva e desejo.

Ele riu e, num movimento fluido, entrou nela.

Elena gritou, os músculos se contraindo em torno dele. Vittorio parou, deixando-a se acostumar com seu tamanho, com a invasão.

— Diga. Meu. Nome.

— Vittorio!— ela gemeu, quando ele começou a se mover.

Era tortura e êxtase. Cada embate era uma punição e uma promessa. Elena odiava-o, mas seu corpo respondia, seus quadris se levantando para encontrá-lo.

Quando o orgasmo a atingiu, foi como ser esfaqueada. Ela gritou seu nome novamente, os dedos arranhando as costas dele através da camisa.

Vittorio segurou seu queixo, forçando-a a olhar em seus olhos quando ele chegou ao próprio clímax.

— Lembre-se — ele rosnou, derramando-se dentro dela. — Isso é o que você é agora.

Elena acordou sozinha em uma cama desconhecida.

O quarto era luxuoso - obviamente o dele. O cheiro de sexo e do seu cigarro ainda pairava no ar. Ela tentou se levantar, mas cada músculo doía.

Foi quando viu o colar na mesa de cabeceira.

Uma corrente de ouro com um pingente - as iniciais V.M. gravadas em diamantes.

E um bilhete:

"Use isso. Você é minha agora."

Elena pegou o colar com mãos trêmulas, sabendo que não era apenas um presente.

Era uma marca.

E o pior?

Seu corpo ainda ardia por ele.

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