As horas se arrastam e, em meio à angústia, Ava tenta manter o controle, mas a cada minuto que passa, o incômodo só cresce. Quando recebe a notícia de que o representante do novo sócio adiou o encontro, a inquietação vira certeza: tem algo muito errado acontecendo ali.
Sem pensar duas vezes, ela agarra a bolsa, atravessa o corredor com passos decididos e chama o elevador. Ao chegar, depara-se com Estelle, que parece surpresa ao vê-la.
— Já vai para casa? — pergunta, com um tom casual.
— Sim — responde, seca, apertando o botão do elevador com força.
— Posso ir com você? Estou sem carro.
— Pode.
As duas entram no elevador. O silêncio inicial é denso. Estelle percebe rapidamente que Ava não está bem, apenas por seus ombros tensos e o olhar perdido.
— Aconteceu alguma coisa?
— Tudo aconteceu hoje — ela dispara, sem rodeios.
— Imagino que não está sendo fácil retomar o controle de tudo…
— Não está — admite, olhando para frente. — Mas o pior nem é isso. O que realmente está me perturbando… é