— Diabos, será que não posso ter um minuto de paz? — Hector pragueja, ao vê-la sair, batendo a porta com raiva.
Assim que a frase escapa de seus lábios, ele se dá conta do ambiente onde está. Congela por um momento, olha em volta e então fixa os olhos no crucifixo à frente.
— Desculpas — diz, erguendo as mãos. — Não foi uma invocação, apenas uma expressão… inadequada, reconheço.
Visivelmente constrangido, ele se levanta para sair, no entanto, dá meia volta e caminha até o pequeno altar com passos lentos e respeitosos. Permanece alguns segundos em silêncio antes de falar outra vez.
— Eu não costumo frequentar este tipo de lugar com frequência, mas… eu o repeito — comenta, mantendo o olhar firme na cruz em cima do altar. — E já que estou aqui… será que dá para dar uma ajudinha? Eu sei que não tenho muita moral para pedir algo.
Engolindo em seco, ele prossegue:
— Cometo deslizes, como mentiras e... palavras inapropriadas, como o senhor acabou de ouvir. Mas quanto à Ava… nesse momento, eu