110: De quem é a culpa?

Sentindo uma terrível falta de ar, Ava caminha apressada pelo corredor, com os olhos embaçados pelas lágrimas e o coração parecendo esmagado dentro do peito. Cada passo doía. Sabia que não tinha forças para sair dali, muito menos para dirigir. Tudo que queria era desaparecer, se encolher em algum canto do mundo onde a dor não a encontrasse.

Ao chegar ao fim do corredor, seus olhos encontram uma pequena capela. Um lugar silencioso, quase esquecido, onde as luzes eram baixas e o ar parecia mais leve. Sem pensar duas vezes, entra ali. Não havia ninguém, apenas os bancos enfileirados, um altar simples com uma cruz e o sutil cheiro de madeira envelhecida misturado a flores murchas.

Ela se senta no último banco, como se não quisesse incomodar a presença invisível de Deus, e finalmente se permite desmoronar em soluços abafados pelas mãos.

Abraçando a si mesma, balança o corpo levemente, como se procurasse o mínimo de consolo. Tudo parecia tão injusto. Por que com ela? Por que, mesmo depois d
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