Mesmo com todo o sofrimento, Henri decidiu ficar com a mãe e a irmã durante todo o dia. O pai aproveitou para ir para casa e descansar um pouco, retornando apenas no final da noite.
— Filho, obrigado por ficar aqui com elas — disse Oliver, com um sorriso cansado, porém grato. — Agora pode ir para casa descansar um pouco.
— Tudo bem, pai — respondeu, levantando-se da cadeira ao lado da cama. — Amanhã eu volto, mãe.
Aurora sorriu, acariciando de leve a mão dele.
— Provavelmente amanhã terei alta. Então, vá nos visitar em casa, está bem?
Henri assentiu, tentando disfarçar o cansaço e o peso no olhar.
— Pode deixar. Eu passo lá cedo.
Ele se inclinou e beijou a testa da mãe, depois olhou para a pequena Helena, dormindo tranquila no colo dela. Por um instante, ficou parado, observando aquele quadro de serenidade que contrastava tanto com o caos que ainda sentia por dentro.
Ao sair do quarto, respirou fundo no corredor. O silêncio do hospital parecia ecoar suas próprias emoções, a esperança