— A questão não é o que quero, Gael… — respondeu, mesmo que o coração estivesse em guerra. Levantou-se, como se a distância física pudesse amenizar o que sentia. — É sobre o que é certo. Por que eu te colocaria no meio de algo que não é problema seu?
Ele se ergueu também, sem deixar que ela se afastasse.
— E se for meu problema? — retrucou, deixando a voz ganhar um tom quase desesperado. — E se tudo isso que está acontecendo for minha responsabilidade?
Ela franziu o cenho, confusa, o peito subindo e descendo revelava como a sua respiração estava acelerada.
— Do que você está falando?
— Eloá… por favor… — Ele deu um passo na direção dela, como se as palavras precisassem de proximidade para fazer sentido. — Seja sincera comigo. O que você sente por mim?
Ela abriu a boca, preparada para mentir, como já havia feito antes para afastá-lo. Mas a lembrança do arrependimento que carregou desde a última vez que o fez queimou como um alerta dentro dela. Não poderia repetir o mesmo erro.
— Gosto