Após conversar com os pais e explicar tudo o que precisaria, como plano de saúde, autorização e os documentos exigidos no país, Eloá foi para o quarto, certa de que enfim teria um momento de descanso. No entanto, ao abrir a porta, se deparou com Elisa deitada em sua cama.
A irmã estava imóvel, com os olhos abertos, fitando o teto em silêncio, o semblante distante revelava o quanto ela estava pensativa.
— O que faz aqui? — perguntou, surpresa.
— Estava te esperando — respondeu Elisa, sem mover o olhar.
Soltando um suspiro discreto, ela se aproximou devagar, deitando-se ao lado de Elisa. As duas se cobriram com o mesmo cobertor e, por um instante, ficaram apenas ali, olhando para o teto como costumavam fazer quando eram crianças.
— Me desculpa por mais cedo — disse Elisa, enfim rompendo o silêncio. — Eu não queria te deixar nervosa.
— Está tudo bem — respondeu, com a voz suave. — Acho que, se fosse o contrário, eu também teria reagido daquele jeito.
— Você vai mesmo para o exterior?
— V