— Mas… — ele continuou —, você sabe tão bem quanto eu que a gente não escolhe por quem o coração bate. Ninguém controla o que sente, por mais que tente sufocar. Eu juro que tentei. Deus sabe quantas vezes. Mas você continuava ali, mesmo em silêncio, mesmo longe.
Ela não conseguia falar. Só o ouvia, como se cada frase fosse arrancada de dentro dele.
— Eu não estou aqui para competir, nem para te pedir nada que você não possa dar. Mas… se você veio para cá para tentar se afastar dele, se decidiu seguir em frente porque sabe que o que sente por Henri nunca será correspondido… então, por favor, só te peço uma coisa: que você não me descarte sem ao menos olhar para mim com carinho.
Houve um silêncio profundo. O tipo de silêncio que gritava.
— Eu sei que posso não ser o dono do seu passado, mas… quem sabe, Eloá, se você me deixar, eu posso ser parte do seu futuro.
Sabendo que ela não diria nada, Gael foi tomado por uma coragem que há muito tempo guardava para aquele momento. Seus sentimento