Na região da fazenda São Caetano, o clima era de festa. O primeiro dia da tradicional feira agropecuária havia chegado, trazendo consigo uma onda de visitantes. Os hotéis recém-construídos na vila estavam lotados, e a movimentação na feirinha artesanal era intensa. A cada ano, o evento ganhava mais notoriedade, atraindo olhares de diversas partes do país.
— Eu ainda não acredito que o Oliver me convenceu a cancelar o chá revelação para fazê-lo na abertura dos festejos — reclamava Aurora, nervosa, enquanto tentava vestir um corpete comprado meses antes.
— Por que não escolhe outro? Esse aí já não cabe mais — sugeriu Denise, observando a luta da amiga com o zíper do corpete jeans.
— Mas esse é tão lindo… — murmurou, ainda insistindo, até que o zíper estourou de vez. — Ah, não! — exclamou, bufando de frustração.
— Quem diria, hein? Aquela moça magrelinha que chegou aqui há alguns anos agora não cabe mais num corpete! — provocou Denise, caindo na risada.
— Não vem falar de mim, não, viu,