Assim que recebeu alta do hospital, Henri não teve escolha: acompanhou o pai até o veículo e juntos retornaram à fazenda. Durante o trajeto, não trocou nenhuma palavra; sua mente ainda tentava processar a dura decisão do pai, que exigia que ele se casasse com Catarina.
Não queria aquilo de forma alguma, mas imaginar um plano para escapar parecia impossível. No fundo, nutria a esperança de que a mãe pudesse interceder a seu favor.
Ao chegar em casa, Aurora o recebeu com um olhar preocupado, fixando-se no curativo do nariz do filho.
— Como você está se sentindo, meu filho? — perguntou, num tom afetivo.
— Em relação ao nariz, estou bem — respondeu, com o olhar melancólico, denunciando a angústia que ainda sentia por dentro.
Respirando fundo, tentou encontrar coragem para usar a única arma que ainda acreditava ter: a mãe.
— Mãe… — começou, hesitando — você não acha que isso é exagero? Eu… eu só fiquei com a Catarina, não era nada sério.
Aurora manteve o olhar firme, percebendo o desespero