— Eu entendo que pensem assim — disse Gael, após alguns segundos de silêncio —, mas já fazem meses que isso aconteceu, e o Henri só piora. Se deixarmos que ele se recupere sozinho, isso pode nunca acontecer.
Oliver largou os talheres e se recostou na cadeira, suspirando.
— E o que você quer que façamos, então? — perguntou, num tom cansado, embora soubesse que o filho tinha razão. — Eu já tentei de tudo para animá-lo. Convites, conversas, visitas… nada adiantou.
Gael passou a mão nos cabelos, decidido.
— Então eu vou até lá. Quero ver com meus próprios olhos como ele está.
— Eu vou com você — disse Noah, levantando-se logo em seguida.
Aurora assentiu, aprovando a ideia.
— Ótimo. É bom que vocês, como irmãos, apareçam lá. Talvez isso o anime um pouco, faça-o se lembrar de que não está sozinho.
Os demais concordaram, e os dois rapazes saíram logo depois do jantar.
Noah dirigia enquanto Gael olhava pela janela, pensativo. Nenhum dos dois falava muito, ambos tomados por uma preocupação sil