No interior do escritório, dois homens conversavam.
— Esta garota está achando que sou algum idiota.
— Quem cara?
— A Aurora!
— Tem paciência com ela, cara, a coitada passou a madrugada toda com o menino no pronto-socorro.
— Ela se esqueceu de que sou o patrão, eu que mando aqui!
— O que ela te disse para você ficar tão nervoso assim, hein? Perdi alguma coisa enquanto estava fora? — Falou, se sentando na poltrona do escritório.
— Deixa aquela pirralha para lá… —Oliver também se senta e abre o notebook.
— Foi você quem começou falando dela.— Saulo zomba.
— Me diz, onde você estava para encontrar a Aurora na estrada de madrugada?
— Admirando a perfeição da vila. — Riu descaradamente.
— Conta outra, Saulo. — Revirou os olhos.
— Sério Oliver, a vila São Caetano é perfeita, cara, você projetou cada coisa ali como se morasse lá.
— Mas moro de certo modo.
— O mercado, o pronto-socorro, a farmácia, o banco, a escola e o bar. — Se animou. — Cara, aquele bar lá é bom demais, quando