— O que houve? — Henri já estava ao lado dela, em pé, observando os cacos de vidro espalhados pelo chão.
Percebendo que não tinha mais como escapar, Eloá parou. Fechou os olhos por um instante, tentando conter a frustração antes de responder:
— Não foi nada… eu apenas tropecei sem querer.
— Não se mexe — ele alertou, sério. — Você pode se cortar. Vou pegar uma pá e uma vassoura, espera aqui.
Ela quis dizer que não precisava, que ele podia deixar para lá, mas antes que abrisse a boca, ele já havia se afastado pelo corredor.
Alguns minutos depois, Henri voltou com a vassoura e a pá nas mãos. Ajoelhou-se diante dos cacos e, em silêncio, limpou tudo com cuidado. Eloá permaneceu parada, com os braços cruzados, desejando estar em qualquer outro lugar.
— Pronto. Está tudo certo agora — disse ele, se levantando e limpando as mãos na bermuda. — Você é muito desastrada — conclui sorrindo.
Aquilo a deixou nervosa. Ele pronunciou aquela frase como se ela fosse uma criança.
Com raiva, se preparava