Quando a porta se abriu e Sebastian entrou, senti como se todo o peso que eu carregava tivesse se tornado ainda mais pesado. Ele me olhou apenas por um segundo antes de perceber que havia algo errado. Eu estava de pé, no meio da sala, com o celular na mão e as palavras presas na garganta.
— Isa? — ele se aproximou rápido, com o cenho franzido. — O que aconteceu?
Tentei responder, mas a voz não saía de forma linear. A língua parecia presa, enrolada, e tudo o que consegui foi um emaranhado de palavras entrecortadas, acompanhadas por uma respiração curta.
— Eu… o… Sebastian… — comecei, sentindo o nó apertar mais no peito.
Ele pousou as mãos nos meus ombros, me obrigando a parar de andar de um lado para o outro.
— Respira. — Sua voz, grave e firme, contrastava com a tempestade que girava dentro de mim. — Olha pra mim.
Fiz o que ele pediu, forçando meus olhos a encontrarem os dele. O contato me ancorou de alguma forma, e aos poucos consegui puxar o ar e deixá-lo sair. Mais um