Quando vi o brilho metálico do revólver na mão de Henrique, uma corrente gelada percorreu minha espinha. Meus dedos apertavam o estofado do banco, e meu corpo inteiro parecia gritar para eu ficar onde estava. Mas, ao mesmo tempo, uma sensação sufocante me dizia que, se eu não fizesse nada, algo pior aconteceria.
Olhei para Sebastian, firme, de frente para Henrique, tenso como um animal prestes a atacar. Os dois seguranças continuavam parados nas sombras, atentos, mas sem se mover. Estavam esperando um sinal? Ou aquilo já estava saindo do controle e ninguém percebia?
O meu coração batia tão alto que abafava meus pensamentos. A ideia de que Olívia podia estar machucada e que Sebastian podia acabar ferido tomou conta de mim. Antes que eu mesma entendesse, minha mão puxou a maçaneta e a porta se abriu com um estalo. O ar frio da noite bateu no meu rosto, mas o calor do medo queimava por dentro.
— Isa, não! — ouvi a voz grave de Sebastian, mas continuei andando.
Henrique se virou