Quando ele finalmente desceu, vestia uma roupa mais confortável: calça de moletom escura e uma camisa de algodão cinza. Um contraste enorme com o Sebastian executivo, alinhado, impecável. Mas ali, naquela simplicidade, ele parecia mais verdadeiro.
— Isa... — disse, se aproximando com um leve sorriso — aceita ficar para jantar comigo?
Pensei por um instante. A parte racional de mim dizia que eu já tinha feito mais do que o suficiente naquele dia. Que devia ir embora, descansar, processar tudo. Mas a outra parte — mais sutil, mais silenciosa — queria ficar. E antes que pudesse me convencer do contrário, assenti com um leve aceno.
— Claro.
— Vou pedir ao motorista que a leve para casa depois — completou ele, já puxando o celular do bolso.
— Não é necessário — interrompi, rindo leve. — Eu peço um carro por aplicativo. Não quero dar trabalho a ninguém hoje.
Ele suspirou, como quem ainda se acostumava com o fato de alguém não depender dele, e puxou outra cadeira ao meu lado.