ISADORA
Cruzo o corredor do hospital com passos apressados, a cabeça ainda pesada da conversa com Sebastian. E é ali, como uma sombra plantada para me atormentar, que encontro Rebeca. Está de mãos dadas com Ísis, a garotinha que me encara, inocente demais para entender a guerra silenciosa travada entre as duas mulheres que orbitam a vida de seu pai.
Rebeca arqueia uma sobrancelha, com aquele sorriso enviesado que parece esconder veneno.
— Que surpresa te encontrar aqui. — A voz dela vem carregada de ironia. — Parece que o destino adora brincar comigo.
Sinto a pulsação subir, mas mantenho a postura. Não é hora, não é lugar. Suspiro fundo, mantendo minha voz firme.
— A sua sorte, Rebeca, é que o momento não é adequado para conversa. Por isso, vou deixar passar suas provocações.
Ela dá um riso baixo, quase debochado.
— Fiquei sabendo que o Sebastian… esqueceu você.
O sangue me ferve. Por dentro, morro de vontade de esganar essa mulher, de arrancar esse ar de triunfo do rost