A viagem tinha deixado meus ombros rígidos e meus olhos pesados, mas, ao mesmo tempo, havia uma estranha sensação de leveza quando Olívia me deixou na frente do prédio.
— Queria entrar com você, mas minha mãe está me enlouquecendo com aquele gato de novo.
— Tudo bem, Liv. A gente pode fazer algo depois. Não esquenta.
— Podemos sair amanhã... — Ela sugeriu, com um sorriso largo no rosto. — A gente merece, não acha?
— Claro. A gente combina.
Ela assentiu, sorriu e acenou. Depois saiu dali, sumindo entre outros carros da avenida movimentada.
Passei pela portaria arrastando minha mala de rodinhas e o porteiro me cumprimentou com um sorriso discreto, como se já esperasse por mim.
Do lado de fora, percebi dois homens uniformizados, atentos, conversando baixo próximo à entrada. Lembrei imediatamente do que Olivia havia comentado — seguranças. Um deles me olhou e fez um breve aceno respeitoso. Meu passo hesitou por um instante, e então o porteiro confirmou:
— Senhorita Isa