Eu voltei para São Paulo havia alguns dias, como quem encara uma batalha sem armadura. Passei na BrTech para assinar os papéis, e fui pega de surpresa quando a gerente do RH me disse que minha demissão foi negada. Não aceitara. Eu sabia que tinha um dedo de Sebastian nisso. Ele estava fazendo de tudo para me manter por perto, mesmo dizendo que respeitaria minhas decisões. Sebastian simplesmente não as aceitava. Saí de lá tendo a certeza de que minha história com ele estava longe de ter um fim definitivo. Parecia que tudo conspirava para que nós continuássemos nos vendo, mesmo separados.
Enquanto isso, as lembranças de Sebastian me perseguiam com uma facilidade irritante: o toque das mãos dele no meu rosto, a forma como sua boca tomava a minha como se o mundo inteiro não existisse. Era um peso gostoso, um vício perigoso.
No apartamento, antes vazio da minha presença por dias, senti o silêncio ecoar mais do que nunca. E, em meio ao silêncio, ouvi o que não queria: minha própria confi