Sebastian
O descanso dura o suficiente para recuperar um pouco de energia. Meu corpo ainda implora por horas de sono, mas minha mente não me dá trégua. Cada vez que fecho os olhos, eu ouço a porta daquele lugar rangendo, os passos pesados no corredor, a sensação de que o fim estava próximo. Não dá para simplesmente ignorar.
Levanto da cama em silêncio, e vou até o escritório. O cheiro de café frio ainda está no ar, e a luz azulada do computador ilumina os papéis espalhados sobre a mesa. Relatórios, anotações, cópias de registros da polícia… o nome que aparece em todas as páginas me persegue: Leonardo. O pai biológico de Ísis.
Até agora, ele não tinha rosto para mim. Só um nome, só uma ameaça que rondava a vida de Rebeca e da menina. Mas depois de ontem, eu não consigo afastar a ideia de que ele esteja por trás do que aconteceu comigo.
Eduardo chega pouco tempo depois, com uma expressão dura.
— Você não devia estar de pé.
— Não vou esperar sentado que tentem me pegar de