Capítulo 9: A caçada

O som da música e das risadas descontraídas começa a se aproximar à medida que Freya corre. Por um súbito instante, interfiro na fuga, um impulso instintivo, e indico que minha loba mude o trajeto.

Não podemos seguir em direção ao festival. Lá tem muita gente inocente... crianças. Não podemos ser irresponsáveis a ponto de levar uma ameaça tão perigosa para o coração da vila.

Freya compreende meu raciocínio com rapidez. Sem hesitar, ela muda a rota, nos lançando em uma corrida sem rumo por um território desconhecido.

A presença predadora do nosso perseguidor continua no encalço. Eu pensei que seria mais fácil despistá-lo.

“Artê, veja! Ao longe, em cima daquela colina. É uma fortaleza!” Freya anuncia, as orelhas se mexendo para captar qualquer sinal de perigo.

“É a nossa única saída, vamos até lá!” Respondo e ela aperta o passo, em direção à pequena fortaleza perdida na neve. Talvez lá consigamos despistar o lobo gigante.

A antiga torre de vigia, feita de pedra cinzenta e fria, se torna
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