O som da música e das risadas descontraídas começa a se aproximar à medida que Freya corre. Por um súbito instante, interfiro na fuga, um impulso instintivo, e indico que minha loba mude o trajeto.
Não podemos seguir em direção ao festival. Lá tem muita gente inocente... crianças. Não podemos ser irresponsáveis a ponto de levar uma ameaça tão perigosa para o coração da vila.
Freya compreende meu raciocínio com rapidez. Sem hesitar, ela muda a rota, nos lançando em uma corrida sem rumo por um território desconhecido.
A presença predadora do nosso perseguidor continua no encalço. Eu pensei que seria mais fácil despistá-lo.
“Artê, veja! Ao longe, em cima daquela colina. É uma fortaleza!” Freya anuncia, as orelhas se mexendo para captar qualquer sinal de perigo.
“É a nossa única saída, vamos até lá!” Respondo e ela aperta o passo, em direção à pequena fortaleza perdida na neve. Talvez lá consigamos despistar o lobo gigante.
A antiga torre de vigia, feita de pedra cinzenta e fria, se torna