O dia mal havia começado, e Dorian já estava insuportável.
O silêncio na mansão o incomodava. Os funcionários, que antes andavam em silêncio absoluto por medo, agora pareciam estar gritando.
A temperatura do café? Um escárnio.
— Quem fez isso aqui? — perguntou, olhando a xícara como se estivesse envenenada.
A cozinheira não ousou responder. Apenas tremeu os joelhos por dentro e agradeceu a Deus quando ele largou a xícara na bandeja com um baque.
Já no carro, Dorian reclamou da velocidade do motorista.
— Está com medo de que o carro decole? Um pouco de agilidade não faria mal.
O motorista só assentiu.
Aprendeu há tempos que discutir com Dorian Villeneuve era como tentar ensinar um peixe a voar.
Na cozinha da mansão, Malu apoiou os cotovelos no balcão e observou Francine esfregando com concentração duvidosa uma bandeja já limpa.
— Amiga... o homem tá virado no Jiraya hoje — disse baixinho, como se Dorian ainda pudesse ouvir do outro lado da cidade. — O que você fez