A escadaria do saguão reluzia sob a luz dourada do amanhecer que atravessava as grandes portas de vidro do hotel.
Francine descia de braço dado com Dorian, ainda usando o vestido do baile.
O ar tinha aquela mistura de exaustão e glamour do fim de uma noite que parecia não ter acabado.
Quando os dois alcançaram o segundo lance da escadaria, o som começou: o clique das câmeras, rápido, seco, multiplicado em dezenas de disparos.
Francine se endireitou instintivamente, enquanto Dorian pôs a mão firme nas costas dela, guiando-a sem olhar para os fotógrafos, como se não existissem.
Um manobrista aproximou-se com a chave do carro e abriu a porta do sedã preto. Assim que entraram e a porta se fechou, o barulho ficou distante.
Francine encostou a cabeça no banco, exalando alívio.
— É… acho que agora vamos poder respirar — comentou, observando pelo vidro de trás os paparazzi diminuírem até sumirem.
Pouco depois, o carro estacionou diante do prédio de Adele.
Dorian, ainda no banco de trás, virou