O sol mal havia despontado no horizonte quando Dorian já estava de pé.
O hábito disciplinado o fazia despertar sempre com a primeira luz do dia, como se o próprio corpo tivesse sido treinado para nunca desperdiçar tempo.
No terraço, o ar fresco da manhã tocava sua pele enquanto ele executava os movimentos precisos da calistenia.
Cada flexão, cada prancha, cada salto era controlado, medido, não apenas um exercício físico, mas também um ritual de domínio sobre si mesmo.
Depois de meia hora de treino intenso, desceu para um banho rápido e gelado, deixando a água correr pelos ombros largos, reacendendo a energia que o aguardava para a semana decisiva.
Quando atravessou a porta da cozinha, Malu já estava lá, como sempre, organizando a mesa do café.
Mas foi ela quem primeiro percebeu: havia algo diferente no semblante de Dorian naquela manhã.
O olhar menos carregado, os ombros menos tensos, até a postura parecia mais leve.
— Que alegria é essa logo cedo? — ela provocou, arquean