Na manhã seguinte, Francine mal teve tempo de terminar o café.
Adele surgiu pela porta do quarto como um furacão, já de salto, bolsa pendurada no ombro e óculos escuros apoiados na cabeça.
— Vamos, menina! As melhores lojas não vão se esperar por nós. — Ela ergueu as sobrancelhas, impaciente.
Francine riu, ainda ajustando o casaco.
— Achei que fosse exagero quando você disse que iríamos cedo.
— Exagero? — Adele levou a mão ao peito, indignada. — Francine, achar um vestido perfeito para um baile de gala não é tarefa simples. É praticamente uma missão de guerra.
O dia estava nublado, mas isso não impediu Adele de arrastar Francine para a primeira leva de lojas.
As vitrines exibiam vestidos reluzentes, mas a cada cabide que Francine pegava, vinha também um suspiro de reprovação.
— Não serve. — Ela balançou a cabeça, analisando o tecido de cetim azulado que marcava demais a cintura.
— Muito simples. — Largou outro modelo, que mal havia vestido.
— Esse parece fantasia de carna