A manhã parecia comum, mas o silêncio da mansão escondia uma tempestade prestes a estourar. Camila desceu para o café e percebeu os olhares estranhos dos empregados. Alguns desviavam os olhos, outros cochichavam entre si. O desconforto a envolveu como uma sombra.
Na mesa, um jornal dobrado aguardava. A manchete estampada em letras garrafais fez seu coração gelar:
“Camila Souza: a jovem que vendeu o próprio ventre por luxo e status.”
Logo abaixo, uma foto sua — do dia da entrevista — capturada em um ângulo cruel, onde seu sorriso tímido parecia falso.
Camila leu as primeiras linhas, sentindo o estômago embrulhar:
> “Fontes próximas à família Monteiro revelam que a jovem Camila não é apenas uma barriga de aluguel, mas uma oportunista que sempre sonhou em ascender socialmente. Amigos de infância afirmam que ela se vangloriava de casar-se rico. Agora, vive cercada de luxo, aproveitando-se da generosidade de Beatriz Monteiro.”
As mãos dela tremeram. As palavras ardiam como facas.
— Não… nã