A bela agente tinha mestrado em disfarces e era a melhor na arte de seduzir seus alvos sem se envolver, induzindo-os para uma emboscada. Apesar de carregar cicatrizes marcantes, nunca havia se permitido cair na profunda escuridão. Seu novo alvo, Maximiliano Lopez, é o chefe de Cartéis no qual irá emergir. Ao bater de frente com seu inimigo, um lampejo de atração os pega de surpresa, entretanto Aisha não estará disposta a colocar sua carreira em risco. Por outro lado, Max não desiste fácil quando quer algo. Como todo bom sedutor, é calculista e persuasivo e está acostumado a ter todas as mulheres que quer, mas se ver perdido quando conhece uma oponente à sua altura. Nesse trajeto irão descobrir segredos sombrios e o caos das descobertas, fará de suas vidas, um verdadeiro inferno na terra.
Ler maisPrólogo degustação.
Aisha Johnson.
— E por que querem te ver morto? — Pisco algumas vezes ao perguntar, mesmo sabendo o que ele fazia para sobreviver, eu precisava arriscar uma pergunta para encaixar as peças, eu não sabia exatamente quem seria esse inimigo, mas supunha que fosse o tal Santiago.
"E quem é esse homem?”
— Tem coisas que você não precisa saber, Mia Clark. — diz em um tom morno enquanto dirigia em alta velocidade. Com uma mão livre ele retirou o celular do bolso e fez uma ligação. — Vão na frente, eu vou estar logo atrás de vocês — avisou falando em seu perfeito idioma, espanhol.
"Isso não é nada bom. Droga, droga!”
Ele reduziu a velocidade do veículo e estacionou no mesmo local onde tínhamos parado antes de entrar na comunidade. O calor infernal que estava sentindo queimar minha pele só aumentou quando Max ficou parado olhando para o campo verde em nossa frente através do vidro do veículo. Parecia melancólico.
O barulho dos seus dedos batucando o volante e minha respiração ofegante eram os únicos sons emitidos dentro da sua Ferrari.
— Quem é você? — inqueriu, me olhando nos olhos e eu os sustentei firmemente.
— Mia Cla...
— Basta!
Gritou antes que eu terminasse de falar, me fazendo encolher os ombros.
— Eu vou perguntar novamente e você considere-se sortuda, porque eu não pergunto duas vezes. — Ele travou sua mandíbula furiosamente. — Quem. É. Você? — Pontuou cada palavra demonstrando impaciência e nervosismo.
— Me chamo Mia Clark, sou jornalista. — Max fechou os olhos e inspirou oxigênio enchendo os pulmões, denotando uma impaciência ainda maior. — Eu só queria salvar você, havia um atirador em cima daquele prédio velho e inacabado, ele estava com a mira na sua cabeça.
— E onde você aprendeu a atirar? Como tem uma mira tão boa assim a ponto de não errar uma pontaria daquela distância? Não fode com meu juízo, Mia. Fala a verdade.
— Eu não sou a garota pompom que você acha que sou, Max. Meu falecido pai me levava para caçar junto com ele desde os meus sete anos. Meu pai me ensinou a atirar e até hoje eu gosto de frequentar casas de tiros ao alvo para desestressar.
Deixei uma lágrima escapar dos meus olhos, dessa vez não foi algo premeditado ou ensaiado, simplesmente saiu. Lembrar dos meus pais nessas horas de impotência me deixava completamente vulnerável.
— Oh não, Mia, por quê está chorando? Porra! Você não vai conseguir me enrolar com suas lágrimas!
— Eu deveria ter deixado você morrer, é isso? — As palavras escapam. — Eu não sei o que deu em mim, eu só não queria vê-lo... morto. — distorci, com a voz embargada.
Ficou em silêncio por um curto período e depois deu a partida, nos tirando daquele local. Continuamos o caminho sem dar uma palavra um com outro, até entrarmos numa cidadezinha bem movimentada, com prédios em cada quarteirão. Os outros carros não estavam conosco, o que me fez pressupor que tivessem ido a um hospital.
— É aqui onde você mora? — arrisquei uma pergunta, quebrando o gelo.
— Não! — respondeu seco.
O trajeto continuou por alguns minutos e logo percebo que estávamos praticamente saindo da cidade, entrando em uma área com poucos acessos tecnológicos e quase sem prédios à sua volta.
Presumo que possa ser algum tipo de condomínio, mas não parou em nenhuma das casas e eu comecei a me perguntar onde diabos Maximiliano estava me levando. Por fim entramos numa rua estreita, sem casas por perto, ao redor haviam lindas colinas onde fomos recebidos por uma revoada de pássaros que passaram acima de nós.
— Já estamos quase lá, Mia. — avisou, arrancando-me da minha distração com os lindos pássaros.
— Na sua casa? — pergunto estranhando o lugar.
— Onde mais seria, senhorita Clark?
Capturei seus olhos sob os meus, enquanto ele seguia me observando, era realmente muito misterioso.
— Ou melhor, onde você quer que eu a leve? — Completa a pergunta fazendo-me rir.
Quando olhei à nossa frente, rapidamente me prendi com a visão, eu estava pacificamente encantada. A casa do Maximiliano chamou minha atenção, não só por ser a única naquele local, não que fosse tão distante da cidade. O local era exuberante, com colinas nos arredores, havia uma profusão de flores coloridas por todos os lados. O muro foi construído com pedras gigantes, como paralelepípedos, sustentando o portão de ferro em formato ondulado e no topo tinha uma inicial, uma letra “L” pintada em tom de bronze e os desenhos em volta das letras fizeram-se parecer um brasão.
Do outro lado de dentro quatro homens vestidos de preto e óculos escuros avaliaram o carro de Max antes de permitir que o enorme portão duplo se abrisse para entrarmos.
Assim que se abriu, entramos na propriedade e meu estômago gelou no mesmo instante com o nervosismo novamente me consumindo, pois meus instintos estavam gritando e eu sinto uma enorme necessidade de sair correndo dali antes que fosse tarde.
Prévia do Livro llMaximiliano Lopez. "Baby, este amor, eu nunca vou deixar morrer.Não pode ser tocado por ninguém,Eu gostaria de vê-los tentar.Eu sou um homem louco por seu toque. Menina eu perdi o controle.Eu vou fazer isso durar para sempre. Não me diga que é impossível. Porque eu te amo até o infinito."(Jaymes Young-infinity)Quatro dias atrás...Raios de dor atravessam meu peito, sinto dificuldades ao tentar respirar. Ouço vozes femininas à minha volta, são bem familiares. Minha irmã, e a outra é da "Aisha" a mulher que vem colocando minha conduta à prova. Eu determinei a não me envolver com mulher nenhuma, não perdoar traições, mas o que eu podia fazer? A mulher chegou atravessando todas as barreiras que eu havia construído em minha volta.— Não precisa retribuir. Eu gosto dele. — Aisha diz para minha irmã. Eu já estava acordado, mas senti curiosidade em saber mais sobre o que elas conversavam abertamente. Continuei de olhos fechados e fingi estar dormindo. Quando Ais
Cartagena, Colômbia. (15h)— Como tem sido esses dias em que fiquei fora?— Está tudo sob controle. — ela diz, divertidamente erguendo as mãos — hermanito está cada dia melhor. Teve febre há uns dois dias, mas já está bem. Acho que ele sentiu sua falta.— Não seja boba. — sorri.— Que lindo! Como se chama?Pega a gata dos meus braços. Para sua sorte, acho que o animal gostou dela, pois Tifanny é uma gata que demonstra sua insatisfação pelo humano com seus dentes afiados.— Essa é Tifanny.Eu e Yolanda estamos nos entendendo. Dia após dia, ela vem demonstrando ser uma boa pessoa desde que chegamos. Eu mesma me encarreguei de trazê-la para este esconderijo e ficará aqui por um tempo, pelo menos até a poeira baixar. — Paulina, pode levar minha bagagem para o quarto? — Sim, senhora — revirei os olhos.— Aisha, Paulina, é Aisha — ressaltei. — Desculpe-me, AishaPisquei um olho para a senhora que saiu em seguida com minha mala, em direção aos quartos.Sentei-me à mesa e fiz um lanche, a
Vinte anos atrás...Chicago, EUA. (08h) AMTudo que eu sonhava aos sete anos, era ser forte como meu pai e dar-lhe muito orgulho. Sempre fui tratada com muito amor pelos meus pais, e amor eu tinha de sobra para devolver-lhes. Eu era uma garotinha muito mimada, pelo fato de ser a única filha do casal Barker, eles depositavam toda sua atenção somente a mim.Meu pai Robert Barker, me ensinava a ser corajosa e a me defender quando fosse preciso, às vezes passava dos limites, tornando seus ensinamentos em demasiado e isso incomodava muito minha mãe Alexa. Hoje pela manhã estávamos no jardim de casa, passando um tempo juntos. — Pega leve, ela é só uma criança.Minha mãe reclama ao ver meu pai me ensinando a escalar em uma árvore frutífera. — Ela puxou a mim.Robert rebate, sorrindo ao me ver subir na árvore e, logo depois eu dou um belo salto de um galho caindo de pé. — Você é esperta igual o papai e, linda igual à mamãe. Toca aqui.Sorrio e bato na palma da mão do meu pai super protetor
Nova Iorque. (20h)Um mês depois...— Senti tanto a sua falta, bola de pelos. Você também sente saudades da Alice? Hein?Passo a mão em seus pelos macios e perfumados, inteiramente grata ao meu amigo Colin por cuidar tão bem da minha gata Tiffany, no período que estive fora. Meus últimos dias não tem sido fáceis, e, por vezes, tentaram me matar. Eu não posso ir em um supermercado mais. Tudo graças a Dener Williams, aquele monstro. Já não bastava ter me colocado como uma mercadoria barata a disposição dos matadores de aluguel, tem também seu comparsa Santiago querendo minha cabeça, por eliminar sua missão mais uma vez.Há mais de uma semana estou em Nova Iorque tentando descobrir o paradeiro de Dener Williams, até hoje não sabemos onde aquele crápula está escondido, nem se ele ainda está no país. A única certeza que temos é que Dener fugiu sozinho, deixou sua esposa, filha e neta para trás. Todavia, o Sr. Williams juntou muito dinheiro durante esse tempo todo em que trabalhou para o
Cali Colômbia. (10h) — Antes de sairmos daqui.Segurou meu rosto, ele prendeu meu olhar sem se mover. — Me responde uma coisa, mas sem mentiras, ok?— Ok.Falei olhando à nossa volta, pois a guerra se aproximava cada vez mais. — De que lado você está agora? — me questionou. — Neste exato momento? — fez que sim — do seu lado.— Prova! — me desafiou. — Um… Dois… — o encarei passando total confiança — três... vamos!Coloco a mochila em minhas costas e o chamo para o lado de fora da sala. Saímos juntos, andando no meio do corredor apontando a arma e ocasionalmente matava um e outro.— Quais são os seus, Max?Perguntei colando minhas costas na dele, para darmos cobertura um ao outro. — Os que estão sem máscaras. — me avisou.— ABAIXA!Gritei ao ver cinco mascarados entrar pelo corredor à esquerda, com metralhadoras prontas para nos matar. Juntos ficamos de cócoras de frente para ambos. Conseguimos matar todos sem levar uma bala. Voltamos a nossa posição e continuamos a caminhar che
Aisha Johnson.Cali Colômbia. (09h)Sinto meus braços doloridos e as palmas das mãos dormentes, minhas pernas estão fracas e minha cabeça parece que vai explodir.Tento fechar meus braços que estavam abertos, mas percebo que estão presos por algo. Abro meus olhos vendo tudo girar, mesmo assim, tento ficar de pé para aliviar as dores que eu estava sentindo na lombar, devido ao peso do meu corpo.Eu tinha um bracelete de metal em cada pulso, estavam presos em duas correntes de aço largas e pesadas, que estavam fixas na parede esquerda e direita. Este não me parecia um teto fetiche, com certeza esse lugar deveria ser o inferno e eu estava ali para pagar meus pecados. O cheiro de morte, urina e vômito rapidamente acompanharam meu olfato, eu senti ânsia, tentei vomitar, no entanto, meu estômago estava vazio e fiquei apenas com a sensação ruim, revirando meu estômago. "Será que Maximiliano me matou e estou no inferno?"— Eu quero sair daqui seu desgraçado, doente!Ouvi uns murmúrios vindo
Último capítulo