Saí da sala com passos firmes, como se nada tivesse acontecido. Como se eu não tivesse acabado de beijar o homem que me destruiu.
Nathaniel Walker.
O nome ainda queimava na minha língua como um veneno antigo. Um gosto que eu já deveria ter esquecido mas que, por algum motivo, ainda reconhecia de olhos fechados.
A Sophie me lançou um olhar interrogativo do outro lado do salão, mas eu apenas inclinei a cabeça, indicando que estava tudo sob controle. Ela entendeu o recado. Inteligente como sempre, ficou com os assessores para acompanhar o restante do evento.
Eu precisava de silêncio. De ar. De distância.
Subi sozinha até a suíte. Cada passo nos corredores impecáveis da Villa Cielo parecia mais pesado do que o anterior. Assim que fechei a porta atrás de mim, apoiei as costas na madeira e soltei o ar que vinha segurando desde o momento em que os lábios de Nathan tocaram os meus.
Por que eu não o empurrei imediatamente?
Por que, por um segundo um mísero segundo meu corpo ainda