Dois dias se passaram, e a queda das ações da Bennet Crown ainda reverberava em cada manchete, em cada reunião emergencial, em cada ligação dos acionistas. O mundo do luxo respirava tensão, como se aguardasse meu próximo movimento.
Sentei-me em minha mesa, o jornal aberto diante de mim, estampando mais uma vez a palavra “instabilidade” ao lado do nome da minha empresa. Instabilidade. Como se a Bennet Crown tivesse se tornado frágil, vulnerável. O sabor amargo da provocação ainda estava na minha boca.
Mas eu já sabia a verdade.
Mark havia confirmado: o vazamento saíra do computador da Érika Walker. E mais, não apenas da empresa, mas também da casa dela, horas antes da publicação. Era um ataque premeditado. Calculado. A irmã do Nathaniel tinha cruzado a linha e ele, inevitavelmente, carregava o peso da culpa.
Eu não podia deixar passar.
Sophie entrou na sala em silêncio, trazendo uma pasta repleta de relatórios.
— Todos os acionistas estão exigindo um posicionamento oficial, Eliza. — d