Sentia o cheiro da Eliza impregnado na minha pele. Mesmo depois do banho, parecia que o perfume dela continuava comigo como se tivesse marcado cada parte do meu corpo, como se fosse impossível lavar aquela noite. E eu não queria. Era o lembrete mais real de que ela ainda era minha, de que o que vivemos não tinha acabado.
Fechei os olhos por um instante atrás da minha mesa, e tudo que me vinha era o calor da pele dela contra a minha, o olhar úmido pedindo certezas, o sussurro de que precisava de mim. Nunca tinha sido tão claro: não importava o que estivesse em jogo, eu não podia perdê-la outra vez.
Mas, como uma sombra, a lembrança do Richard no estacionamento voltou. O tom frio da voz dele, as palavras afiadas dizendo que, no final, Eliza escolheria o pai. Balancei a cabeça, afastando aquilo. Não. Eu não ia deixar. Eliza me amava, e eu acreditava nisso com cada fibra do meu corpo.
Respirei fundo e segui pelo corredor da Walker. Assim que cheguei ao andar da presidência, encontrei Amel