Desliguei o telefone tentando me agarrar a alguma esperança de que Eliza ainda lutaria por nós dois. Que, apesar do silêncio, ela continuaria firme na decisão de pôr fim à guerra que nossas famílias arrastavam há gerações. Mas o vazio da sua resposta quando perguntei se confiava em mim… doía como uma lâmina invisível.
Andei de um lado para o outro no meu apartamento, sentindo o peso de uma inquietação que não me deixava parar. Eu não podia simplesmente esperar. Não podia me acomodar na esperança de que Eliza, sozinha, carregaria a decisão por nós dois.
Peguei as chaves do carro e entrei no elevador. Apertei o botão para o estacionamento com a determinação de alguém que precisava agir, ainda sem saber exatamente como.
Quando as portas se abriram, porém, o ar pareceu congelar. A visão à minha frente me tirou o fôlego por um segundo.
Richard Bennet estava lá.
Saía de uma SUV preta como se tivesse todo o tempo do mundo, ajeitando o paletó com uma calma irritante. Se recostou contra o veíc